sábado, 5 de junho de 2010

Jonas, sair.

Jonas, sai daqui!
Por que? Essa casa também é minha.
Tem uma multidão aqui. Não preciso de você!

O menino entendeu a mensagem, foi pescar num riacho. Os peixes pararam com seus afazeres e encaravam o menino, cabisbaixo. Glub Glub. Quem? Glub. Anoiteceu. O mar de olhos eram um convite. Mais uma vez entendeu. Mergulhou no rio fundo, descobriu um novo mundo. Corais, sereias, palácios. Era um mar aquele riacho. Como nunca notara o belo reino da mãe Iara? Mergulhou fundo e descobriu que o escuro era dentro de si. Ignorancia virou lembrança. Covardia, eterna inimiga, à coragem se aliou. E na batalha dos sete mares, varrendo praias, montanhas e vales... morreu. Para uns... para si, nasceu num novo mundo de correntes, frias e quentes; criaturas, grandes e miúdas e desejos, simples e profundos. era o próprio sal do mundo.

3 comentários:

  1. Lenhaaaa!

    Que lindo esse texto *-*
    Lembra as histórias que a minha mamãe contava para mim, antes de eu adormecer. Fez-me lembrar de quanta imaginação minha mãe tinha e como ela conseguia me passar toda aquela emoção. Sonhei muito com histórias e imagens como essas... que nostalgia!

    Bons tempos.. bons tempos... Acho que estou ficando velha!

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  2. bonito e triste!

    ...ao mesmo tempo singelo.

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  3. "era o próprio sal do mundo"

    Que belo texto! Às vezes nós nos bastamos e é preciso saber apreciar principalmente esses momentos. Inclusive para mostrar ao mundo o que somos.

    Viva à vida!

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