domingo, 5 de fevereiro de 2012

Sobre a origem da individualidade (postagem pra não perder a ideia)

meu raciocínio foi o seguinte...

Márciodiz:
pessoas tem coisas em comum -> essas coisas são simbolizadas -> essas coisas só são apreendidas por outras pessoas pq essas outras pessoas tem os signos (sentimentos, emoções, raciocínios) dentro de si, comprovando a primeira tese
contudo... se o fato de nos comunicarmos
significa que existe no outro
o mesmo que existe em nós
se são coisas iguais

Paula diz:
*-*

Marcio diz:
então onde está a individualidade?
pq a individualidade seria uma característica tão especificamente sua
que não existiria em outra pessoa
logo, se não existe em outro ser
não pode ser comunicável
no entanto, se for comunicável , então essa característica não é individual
logo, não existe individualidade na essencia
voou junto?

Paula diz:
uuuh...interessante
assim

Marcio diz:
é apenas um pontapé

Paula diz:
claro que os signos e modos de registro funcionam de modo individual
porém

Marcio diz:
tava lombrando no onibus, nada pra fazer no engarrafamento

Paula diz:
acredito que sim, existam símbolos similares
como por exemplo
sei lá
vamos supor que eu não superei direito meu complexo de castração
e nem outra mulher
ambas vão ter símbolos diferentes em relação a isso, porém talvez, as mesmas reações ao processo
depende

Marcio diz:
então
o fato de outra pessoa poder sofrer o mesmo processo psíquico que você
significa que essa experiência é universal
ou seja, em você e em outra pessoa
existem elementos que, combinados de certa forma, produzem o mesmo resultado
cada uma pode dar nomes diferentes
onde está a individualidade da alma? na combinação única das experiências ou em alguma característica essencialmente particular (o que caracterizaria a impossibilidade de comunicação)
pq só é comunicável aquilo que é percebido pela outra pessoa, ou seja, decodificado por um alfabeto interno de experiências similares ou próximas
em grau
não em natureza

Paula diz:
exatamente <3

Marcio diz:
awuehaew foi uma pergutna
pergunta*

Paula diz:
mas a indivudualidade está no modo de registro
sim
to respondende
existem possíveis reações similares, é claro
mas o processo de registro
que tipo de símbolos e situações que geram esses complexos são completamente diferentes
um minuto, amore

Marcio diz:
mas o que gera a variação no processo de registro?
ok

Paula diz:
a individualidade

Marcio diz:
mas minha pergunta é se essa individualidade realmente existe

Paula diz:
então, é claro que existe o que Jung chama de inconsciente coletivo né?
assim
ao meu ver
pooorém
eu acredito que a individualidade está justamente em armazenar acontecimentos como símbolos próprios e diferentemente de qualquer outra pessoa

Marcio diz:
se o ego é construído a posteriori, então o que vem antes, em essencia, em todo mundo é a mesma coisa?
mas pq diferente?

Paula diz:
interessante
por exemplo, eu e a minha irmã. Supomos que vivamos a mesma vida, é impossível que ela registre da mesma forma que eu. Existe algo na natureza primitiva dentro de cada ser humano que impede que o processo seja o mesmo. É ai que mora as origens, as pulsões. A questão das raizes familiares. Por exemplo, duas pessoas vivem um possível trauma. Uma se traumatiza porque conecta a um símbolo de
insegurança
a outra não.
Isso é individualidade.

Marcio diz:
mas aí que está
pq uma sim
e outra não?
assim... eu tenho parte da resposta
acredito em vidas passadas, logo... esse ego de agora não é o único
mas e no início de tudo
lá antes de qualquer vida
quando era pulsão pura
antes do primeiro ego

Paula diz:
Bem, pra mim é exatamente pelo registro ser diferente. E eu acredito em natureza primitiva, a natureza do ser, da história dele aqui. Mas ai entra no campo espiritual também.
isso
exato

Marcio diz:
mas olha
se lá na essencia de tudo
há algo diferente
então esse algo
é incomunicável
mesmo se o indivíduo tenha isso, não pode comunicar

Paula diz:
hm

Marcio diz:
mas se vc torna o processo racionalizável, ou seja
comunicável
se vc consegue explicar pq pessoas registram de modo diferente
houve comunicação
logo, há compartilhamento
logo, não há particularidade única
há apenas modulação
você pode chamar a individualidade de modulação, mas não de essência.

Paula diz:
hmm...
interessante demais.

Marcio diz:
agora... digamos
se a individualidade é modulação

Paula diz:
Nós somos colchinhas de retalhos, certo? mas e se não é só vivência?

Marcio diz:
imaginemos um ser humano que tem consciência da sua individualidade ser modulação

Paula diz:
e nosso inconsciente?
e a questão da energia do outro em nós?

Marcio diz:
e que ele consegue manipular essas experiências em "modulações" diferentes

Paula diz:
hm...

Marcio diz:
nesse sentido, ele pode copiar individualidades
certo?

Paula diz:
interessante
certo
é
faz sentido!

Marcio diz:
hipoteticamente, um ser humano camaleão
ou seja, nesse raciocínio
os temperamentos podem mudar por força interna
na reorganização mental e psiquica
das experiencias
princípio da reforma íntima
não to dizendo que a biografia
vá mudar
a biografia de cada um

Paula diz:
sim, sim

Marcio diz:
pode ser única (não posso confirmar pq não conheço todos os seres inteligentes do universo)
lombrei
assim.. não sei se isso tem aplicabilidade prática

Paula diz:
é uma lombra fuderosa o_ô'

Marcio diz:
mas são coisas que eu filosofo em onibus

Paula diz:
mas faz muito sentido

Marcio diz:
tomando banho
e que se perdem

Paula diz:
ônibus e banho
exato
o que eu ia dizer

Marcio diz:
decidi compartilhar dessa vez

Paula diz:
não, não deixe perder

Marcio diz:
não sei pq

Paula diz:
escreva!
mesmo

Marcio diz:
é que eu acho mta coisa inutil
aweuh
não vejo aplicação prática

Paula diz:
não é mesmo!

Marcio diz:
daí não anoto

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