segunda-feira, 26 de abril de 2010

Me ajuda, irmão.

- Amigo, você está comigo? Preciso de você.
- Estou aqui, meu caro amigo. Me diga, o que te aflige?
- A esperança que sempre vem abrir a ferida da dor da perda.
- Ainda nessa história, velho amigo?
- E a gente pode controlar os sonhos?
- E por que não fazer dos sonhos um lugar sadio, habitável para a imaginação ao invés de desejos empoeirados de insatisfação e remorso?
- Me ensina, amigo? Só não sei se ainda quero aprender.
- Levanta do abismo que sempre é hora de recomeçar a aprender a se amar.
- Eu não me amo?
- Se queres dores pra ti, de onde vem esse amor?
- Fala mais comigo, por favor!
- Estou no teu coração. Aprende a se amar que ouvirá a minha voz.
- É esforço contínuo. E os tropeços?
- É o passado querendo te consumir, te arrastar pro abismo. Luta contra essa força que o empuxo divino é tua paz!
- Eu me emociono com sua voz. É tão acalentadora e cheia de emoção.
- Não perca a doçura do seu coração, pois aí há de habitar o mais doce perfume e a mais bela paisagem de belos seres atraídos pela fragância suave da tua essência.
- Que paisagem é essa que tanto fala?
- É o que anseio para ti. É o meu amor vivido e santificado no teu coração. Na tua paz de espírito, na tua emoção ao viver a vida. No magnetismo da sua voz. Como eu te quero junto de mim!
- Será que eu me quero junto de ti?
- Aprende a se amar que será natural perfeição a nossa sintonia.
- Todos os seres se amam?
- Todos os seres me amam sem saber. Mas é preciso me descobrir dentro de si. Aí eu moro, aí está meu coração. No pulsar das suas veias, nos seus gestos, na sua boca, nos seus ouvidos, nos seus olhos, na sua mente, na sua consciência, nos seus anseios crísticos.
- Eu te agradeço meu irmão. Apesar de não ser possível compreender a totalidade das suas palavras nem sentir exatamente o que me quer passar. Mas já é o suficiente para pensar, acalmar meus desejos, ouvir um pouco tua voz é como farol num cais escondido pela noite ébria de tempestade.

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