segunda-feira, 11 de maio de 2009

Um dia eu chego lá

O jardim do meu quintal cresceu e me engoliu. Lá estava eu, pequenino em meio às aranhas, jasmins, formigas e minhocas. As cascas de ovo e folhas caídas eram o pavimento daquele mundo bagunçado mas que cheirava à vida! Maravilhado com as copas das plantas caí num buraco de minhoca (wormhole) e fui parar numa outra dimensão, sem meu corpo. Fui esmagado, triturado e condensado num conceito líquido de identidade que se plasmava na multidão do cosmos.

Eu respirava os orbitais atômicos em cada partícula celeste. Camadas de valência era meus meridianos e paralelos fazendo do meu mundo uma fissão nuclear.

Sonhos eram irradiados para todos os cantos do universo, levando calor à timida criatura no seu conforto de caverna. Batia na própria perna achando que era algum tipo de doença aquela agitação na pele promovida pelo meu Sol.

Fui dormir na mocidade da ignorância e acordei no Apocalipse do conhecimento e regeneração do mundo.

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