sábado, 12 de janeiro de 2008

Interlúdio

O pássaro ensaiava com suas asas e imaginação o primeiro vôo. De um galho alto, quase no topo da macieira, podia enxergar todo o verde campo e perdia-se em pensamentos pelas leves folhas em seus labirintos de vida. Os insetos em expectativa, o céu límpido cheio de coragem e a leve brisa do leste; uma irresistível sensação. Só lhe faltava motivação; o aconchego do ninho era tentador e seguro, e inseguro era o grandioso mundo verde à sua frente.
Ao toque morno em suas costas, pulou num susto indomável. Era sua mãe tentando lhe fazer desistir, pensara seu inconsciente....


Três meses depois retorna ao lar; seus pais já haviam feito sua última migração para o sul, no último repouso. Não tivera tempo de se despedir, nem lucidez. Sua mente estava embebida da louca paixão de liberdade. Subiu até o antigo galho onde ficara seu ninho; lá encontrou uma carta e um embrulho. Essa dizia: "Para meu querido filho, a quem não tive a oportunidade de transmitir pessoalmente". Com as penas molhadas de dor e arrependimento, abriu o presente. Era uma pequena caixa feita de gravetos onde dentro encontrou ... a Liberdade.

3 comentários:

  1. Ah, se meus pais fossem passarinhos!!!

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  3. Gostei muito desse :} Acho q é me preferido do seu blog até agora XD A parte em q ele abre a caixa e encontra a Liberdade... foi foda.

    Bjuss ;****

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