segunda-feira, 9 de fevereiro de 2009

Um tiro no deserto

Ohm Ohm Ohm, o homem ascendia ao céu púrpura reunindo o universo em seu espírito.
Ouch, o homem descia à terra com o sangue sob seus pés.
Ahhh, o homem elevava a alma poucos metros do chão para depois cair saciado no vale do amor.
Ughh, o homem saía de casa e voltada ao lar.



Jonas era um homem alto, poucos metros acima do solo e muita história para contar. Tinha dois filhos, Josias e Mateus. Ambos trabalhavam na fazenda com o pai, criando gado e plantando para a própria subsistência. A pequena horta se estendia por detrás da larga casa. Já os animais pastavam sobre os dois morros onde apreciavam o mais belo nascer e pôr-do-sol, beleza que seus criadores jamais puderam ver. Nem eles, entender. Mas se banhavam sob aquele espetáculo da manhã com um gozo morno de felicidade. Aquela que é descompromissada, longe de ser vulgar, por não conhecer nada além da verde grama, mosquitos e um curral velho de madeira molhada.

Josias, o mais novo, ficava responsável pelos animais. Já Mateus morreu de câncer.

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